quinta-feira, 27 de março de 2014

"Já puseste o frango no forno? " e outras urgências que tal.

Se eu fosse polícia à paisana e ganhasse à comissão, estava rica só à conta das pessoas ao volante a falar ao telemóvel que vejo por dia. É incrível a falta de bom senso a irresponsabilidade que por aí pupula. Como me dava prazer poder sacar do alto do meu humilde Xavier (o meu carro) um pirilampo e mandar encostar uns quantos "heróis" que por aí andam, sempre com tanta coisa inadiável a ser tratada por telefone. Só para lhes dar um "olá", claro.

terça-feira, 25 de março de 2014

Isso não abona a seu favor, senhor(a) candidato/a a esta oferta profissional. #1

Ser pedida a candidatura com fotografia e ser enviada uma candidatura sem fotografia.

Quando era mais nova, também o fazia. Hoje em dia, compreendo como estava errada. Na altura, aquilo parecia-me um elemento básico e injusto, sobretudo porque considerava que poderia ser um dos critérios de seleção. Hoje, entendo que é a prova de que a pessoa é segura de si, nada tem a esconder e, talvez sobretudo, se tem a razoabilidade e o bom senso suficientes para escolher a melhor primeira imagem de si para uma empresa.

Há pessoas que me enviam fotografias descontraídas de mais, há outras que parece que estão com alguma coisa espetada nalgum sítio, mas lá vou conseguindo distinguir o trigo do joio. Mas lá que não gosto nada de selecionar pessoas, não gosto. Primeiro porque penso que posso estar a fazer a aposta errada, mas geralmente depois é unicamente porque comprovo o quanto as pessoas são snobes e não querem trabalhar nos dias de hoje. Enfim. Um dia destes, partilho experiêcias verídicas convosco. Tenho coisas estúpidas demais - mas que valem a pena, nem que seja para rir - para partilhar convoco.

E as vossas candidaturas - vão com ou sem fotografia? O que acham deste pedido?


sexta-feira, 21 de março de 2014

Isso não abona a seu favor, senhor(a) candidato/a a esta oferta profissional.

Nos momentos de recrutamento que levo a cabo na minha empresa, vou tendo algumas (muitas!) más experiências com profissionais. Há mesmo muitas pessoas que não merecem sequer ter trabalho, tal é a atitude e a presunção com que chegam, falam e encaram as ofertas e as situações. Comigo, não terão qualquer hipótese, mas até me diverte pensarem que sim. Há uma diferença entre cordialmente mostrar interesse ou desinteresse na oferta e atitudes que ultrapassam o bom senso e a educação.

De vez em quando, vou passar a postar aqui casos que se vão passando nestes processos de recrutamento, porque há TANTO para contar e são coisas mesmo do arco da velha. Aguardem! 




Ah bom, afinal sou gorda!

Ontem, na avaliação física que fiz no ginásio, fiquei a saber que sou gorda e, pior que isso, que sou uma falsa. Uma falsa magra, quero eu dizer. Ou seja, sou magra (que chegue!), mas o meu interior é gordo. Tenho 22% de massa gorda, quando devia ter 19%-20%!

A minha estupefação foi enorme, porque nunca ninguém que me tivesse feito medições ou analisado a minha estrutura, me tinha dito tal. Perguntei ao professor o que devia, então fazer, em termos de alimentação - não fumo, não bebo, não toco em Coca Colas e bebidas gaseificadas, não gosto muito de doces, não me rendo facilmente a coisas de pastelaria, raramente toco em massas folhadas, pizas e afins e fritos na nossa casa são coisa rara - de tal modo que um litro de óleo dura eternidades (mesmo!). Como todos os dias sopa, incluo legumes em todas as refeições, assumo a fruta após a refeição como obrigatória e a água é a minha única bebida ao longo do dia. Onde estará o erro, então?

Tendo-o posto a par de tudo isto, perguntei então o que me estaria a provocar essa massa gorda, ao que ele me pergunta: "Costuma comer hidratos de carbono - arroz, massa, pão, etc.?". "Claro!" - respondo eu. E ele faz aquele olhar de "aí-tens-a-resposta-totó" que apenas me merece o seguinte comentário que acabou mesmo por lhe ser dirigido:
- "Se não comer hidratos de carbono fico anémica e emagreço. E eu gostava de continuar a ser saudável e evitar parecer um palito, se pudesse ser".

Ele riu-se e eu percebi que ele não deve entender muito da coisa. Eles, no fundo, só veem massas e depois disparam aquelas teorias como se dominassem a questão. Lá concluiu a avaliação a dizer "É manter tudo o que faz e associar a uma prática regular de exercícios específicos".

Hã, valeu ou não valeu a pena a avaliação, sua falsa magra? Queres consultas de graça? Exercita, mas é!

E vocês, já fizeram avaliações físicas que não vos tivessem convencido?




quarta-feira, 19 de março de 2014

Os meus pais e eu.

Hoje é dia do pai. Por isso, vou concentrar todas as minhas energias nesta pessoa linda na minha vida que, juntamente com a minha mãe, é e será sempre a coisa mais importante que tenho, haja o que houver. Amo os meus pais como a mais ninguém e será sempre este grande amor recíproco que temos a base da minha vida e da minha felicidade.
Hoje, quero única e exclusivamente concentrar-me nisto. Não há amor maior do que este e isso é a coisa mais valiosa da minha existência. Haja o que houver.


terça-feira, 18 de março de 2014

Como saber que alguém anda a ver o "Prison Break" em doses a mais.

Já há dias que andava a sonhar com perseguições e operações à cabeça, mas deixei de ver a série uns dias e a coisa voltou ao normal.

Entretanto, outro dia, estava no shopping e tinha com uma enorme dor de cabeça, que já me consumia há horas. Tinha um comprimido à mão e nenhuma água. Vou à casa de banho e bebo um pouco de água da torneira para tomar o comprimido. Chego perto dele, que me pergunta:

- Já tomaste o comprimido?
- Já.
- Mas não tinhas a garrafa de água, pois não?
- Não, bebi a água da companhia.
- Da Companhia?! Lá vamos nós começar a ser perseguidos... não viste nada de estranho? Está atenta a tudo à tua volta!

Enfim, coisas que só um fanático da série perceberá. E lá começámos os dois a olhar em volta, como se nos sentíssemos perseguidos. Uns segundos e tudo acabou numa risada pegada. A coisa está mesmo a afetar-nos.

Nota:
Nós não somos um casal normal e às vezes parece-nos que poderíamos ser bons casos de estudo de alguns investigadores, nós sabemos. :)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Hoje é sobre o Festival da Canção. Todos falam disso, eu não sou exceção.

No sábado passado, apesar de não estar na minha melhor forma psicológica, estava entusiasmada com a transmissão do Festival da Canção. Quase nunca ganha a música que eu acho que deve ganhar, nem tão pouco o espetáculo é assim tão extraordinário e inovador, mas a verdade é que há ali qualquer coisa que me faz querer sempre ver e me prende à televisão.

Este ano, a minha aposta ia, sem qualquer dúvida, para esta música. Tem TUDO o que uma música de festival deve ter - sobretudo bom gosto. É uma música fresca, leve, ritmada, com todos os pormenores bem estudados - portugalidade incluída-, coreografia de jeito e uma carinha (e corpo) laroca e sorridente a representar a nação. Portanto, tudo para vencer. Quando ouvi a música pela primeira vez, o meu desabafo imediato foi que aquela era, desde há muito, uma das melhores músicas a concurso, uma lufada de ar fresco e um tiro certeiro.

No entanto, a coisa (nem é música) que ganhou foi uma pimbalhice do Emanuel, com uma gaja toda descascada e armada em boa, que não tem afinação sequer e que trata o António Calvário por tu (nem quero pensar em pormenores) e uns moços despidos, a fingir que tocam diversos tipos de bombos, quais tribos amazonas - coisa, aliás, tão típica do nosso país e da nossa cultura - que a acompanham. Um desastre completo. O pior é que a música pega e é daquelas que só sai a diluente, por isso anda aqui a "bater" todo o dia e não me larga.

Revolta-me muito perceber que são estas "artes" que ganham estes concursos, quando há tanta coisa tão boa em alternativa. Passamos a imagem de sermos uns zés-ninguém e de não termos mais nada a mostrar para além de uma letra sem qualquer qualidade ou investimento e de uma composição instrumental feita à pressa, que cabia perfeitamente a qualquer cantora pimba de um qualquer programa de domigo à tarde. Se é o povo que decide - e se o foi, de facto -, então isto diz muito de nós e da nossa pobreza espiritual. Mas que não venha depois quem votou nesta pirosada pegada dizer que a Simone, o Calvário e o Paulo de Carvalho é que eram.

Havia, definitivamente, de haver novos critérios para isto. Há anos que só levamos cocó aos festivais.
É mesmo pena. Este ano, tínhamos tudo para conseguir voltar a lugares de destaque.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Os momentos deste blogue.

O início do blogue deu-se com relativo sucesso. Tive pessoas a querer seguir o que escrevia e a manifestar grande vontade de dar a sua opinião. Enquanto não me conheciam bem, iam-se rindo das minhas piadas, do meu humor (?) e sarcasmo, das minhas análises mais ou menos frustradas e das minhas perceções sobre as coisas à minha volta. Comecei a não me achar muito estranha - afinal, havia mais pessoas como eu!

Depois a coisa foi crescendo, a (muito) pouco e pouco. Os comentários começaram a ser mais raros, salvo em posts que geram menos consenso (será isso que está a faltar?), mas o número de visitas por dia começou a aumentar. Hoje tenho uma média de leitores boa para as minhas expectativas e que (ainda) me faz querer continuar a escrever.

Neste momento, os comentários são muito raros, embora as visitas diárias ao blogue sejam em número simpático. No entanto, falta alguma coisa. Sinto falta do retorno das minhas palavras, de saber que escrevo sobre coisas que interessam a alguém. Quem me garante que as visitas não são por lapso ou, até sendo intenconais, levam, após a leitura de um post, a uma vontade imediata de carregar no "X" no canto do separador? Contam na mesma, mas não por bons motivos.

Quando iniciei este blogue, fi-lo porque, para além de gostar muito de escrever e de comunicar, sinto que tenho pontos de vista interessantes e leituras muito peculiares das coisas que me rodeiam - das mais simples às mais complexas - que podem interessar a quem procura um pequeno momento de descontração e - na loucura - de humor. Sou uma pessoa muito simples e descontraída, mas sou também bastante crítica em relação a tudo - para o bem e para o mal. Detesto falsidades, dizer que sim a tudo, promover coisas em que não acredito ou valorizar quem não deve ser valorizado. Adoro ser justa, sincera e levar a vida com racionalidade, apesar de nem sempre essa ser a melhor forma de viver. Adoro as minhas pessoas e as coisas parvas que me acontecem quando estou com elas e que me fazem rir em silêncio sempre que delas me recordo. E adoro a partilha - com quem me é importante e com quem continua a gostar de me ler e de saber um pouco mais de mim, das minhas análises, dos meus exageros, dos meus momentos e da minha visão da vida.

Não sei se fui sendo bem sucedida nesta missão, mas continuo a gostar muito de ter o meu Verde Vermelho, de saber que ainda sou uma escolha de alguns leitores cibernautas e de perceber que tudo isto continua a ter muito sentido para mim. Desejo que para todos continue também a ter.



quarta-feira, 12 de março de 2014

Há coisas que uma mulher, por mais que faça, nunca conseguirá igualar.

Refiro-me ao assunto "carros". É um facto, não vale a pena negar. Quem os ajuda nos carros é sempre um herói. Quem "brinca" com eles e os ajuda com os seus brinquedos será sempre o seu melhor companheiro e o amigo mais espetacular. Os outros pertencem a outro plano. 
Homens e brinquedos. Nada mais a comentar.
Os homens são mesmo de Marte e não há nada a fazer.

(Homens, reconhecem isto?
Mulheres, passam por isto?)



domingo, 9 de março de 2014

Domingo "de molho" dá nisto.

Estou com sintomas de gripe e as minhas forças estão abaixo dos níveis aceitáveis.
A televisão é a alternativa rápida para servir de barulho de fundo e embalar o sono que me domina. E constato, no meio de toda a minha má disposição, duas coisas totalmente estúpidas:

- o novo anúncio do Continente, sobre a confiança. Refiro-em àquele em que a mãe ultrapassa todos os obstáculos para ir ter com o filho. Uma coisa tão dramática e desadequada para falar de um sítio onde se vendem frangos e se dão descontos em cartão. Sem comentários.

- O Jornal da Noite da SIC ter os Dead Combo (banda musical) como convidados a fazerem, em direto, a banda sonora das notícias. Droga e desvarios a mais e uma coisa tão sem sentido, que nem tem descrição. Quero acreditar que todos eles também estariam com febre.

Tudo isto podia ser fruto dos meus delírios gripais, mas parece que não, que aconteceu mesmo.
Triste esta nossa televisão.
Enfim, vou dormir.


sexta-feira, 7 de março de 2014

Inscrevi-me no ginásio.


E já vão duas aulas de Pilates.
Por questões de saúde, nada mais. Em outubro fraturei o coccix e por isso esta é a única opção viável no momento, para tentar não ficar atrofiada.


Resultado:
Tenho dores do pescoço aos pés. 
Quando me rio, tusso ou espirro parece que me estão a espetar várias facas em todos os músculos que tenho. 

Balanço:
Saio das aulas feliz. Quando "arrefeço", arrependo-me dessa felicidade momentânea.
O instrutor das aulas, ao saber das minhas mazelas, sorri e fica feliz. Vou tentar entender isso como um incentivo.

(E acabei de espirrar. Aiii......)



quinta-feira, 6 de março de 2014

E lá vamos nós outra vez.

Novo processo de recrutamento. E lá vem o bla bla do costume "Cobro x Euros à hora e não estou disposta a trabalhar por menos."

Muito obrigada, minha senhora.
Ainda bem que está nessa disposição, tão bem pontuada com presunção. Bom para si.
Um dia a vida deve dar-lhe alguma lição.

(A sério, porque respondem a processos de recrutamento estas pessoas?)


Diferenças entre seres um blogger anónimo e discreto e seres um blogger conhecido e famoso.

Pelo que tenho visto, tem havido, cada vez mais, pela Internet, divulgação de Workshops de Automaquilhagem. Será uma coisa de moda ou até poderá ser um interesse geral do público feminino. Agora o que não entendo é como há bloggers com estas propostas e que têm um público em fila de espera para participar, e outras (como eu), que não conseguem ter, através do Blog, qualquer interessado. Leva-me, pois, a crer que as pessoas também vão a estes Workshops por motivos bem para além de terem interesse na matéria - provavelmente, terão mais interesse em conhecer a autora do blogue ou coisa semelhante.

Tenho pena que o Blog não me esteja a conseguir interessadas para o Workshop que dinamizo. Sei que não sou - nem quero ser - uma blogger conhecida ou com centenas ou milhares de seguidores, mas os que tenho são bons, bastam-me e perceberão o meu ponto de vista, por já me "conhecerem" através dos textos que escrevo. O que não invalida que desanime, sempre que percebo que é a fama de quem escreve que conquista participantes, e pouco mais.

A vida é mesmo assim.
Sei que tenho uma boa proposta, uma formadora excelente e capacidade de proporcionar uma boa experiência a quem participa. Venha ou não pelo blog. E isso é que tem de me animar, na verdade.


segunda-feira, 3 de março de 2014

Ontem, a merda do cancro voltou a vencer uma luta.

Um grande amigo do J.
Uma luta de mais de um ano.
Uma longa expectativa que se anulou em segundos.
Duas crianças que perdem o pai.
Uma família derrotada para quem toda a luta de nada valeu.
Uma injustiça enorme.

E pronto, tudo se relativiza. Mais uma vez.