sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2012

Desejo:

- trabalhar mais;
- sentir-me útil;
- ter estabilidade financeira;
- ser criativa;
- ler muito mais;
- ouvir muita da minha música;
- ir mais ao teatro e a concertos;
- fazer passeios e jornadas culturais;
- viajar em lazer;
- andar muito; 
- investir mais em momentos só nossos; 
- que os laços se fortaleçam;
- rir muito;
- conhecer muitas coisas e pessoas novas;
- rodear-me de pessoas estimulantes;
- lidar com pessoas competentes;
- deixar de querer agradar a todos;
- descobrir novas capacidades em mim;
- investir mais em mim;
- regressar ao desporto; 
- andar mais de bicicleta;
- ser melhor pessoa;
- ser melhor amiga;
- ser mais presente;
- ter as pessoas que mais me importam sempre comigo;
- ter força para ganhar novos fôlegos;
- ajudar mais os outros;
- tentar o voluntariado;
- ser mais otimista (voltar ao que era);
- voltar a sentir orgulho em mim;
- ser mais feliz.

Genericamente, é isto. E tudo o que isto implica. Se mais vier, será bem vindo.

Das previsões.

Todas as previsões da Troika e do Governo nos indicam que 2012 vai ser um ano muito difícil e de sacrifício. Todas as previsões astrológicas apontam para que o ano de 2012 seja muito mauzinho para o meu signo. 
Portanto, estamos mal. Não há uma janelinha que se abra no meio destes prenúncios tão pouco agradáveis? Diz que sim. Diz que o ano de 2012, no meu caso, vai ser mau para as relações afetivas, que muitos laços se vão perder e que vou descurar a relação com as pessoas de quem mais gosto. Humm... custa-me a crer, mas enfim. Mas diz também que a parte profissional vai melhorar, que vou conseguir alcançar boas vitórias e que vou finalmente encontrar alguma estabilidade. E aqui, digo exatamente o mesmo: "Humm...custa-me a crer, mas enfim".
A verdade é que, apesar da minha natural curiosidade, não acredito nada nestas previsões. Acho que, embora não comandemos tudo, somos nós que decidimos por onde ir ou não ir. A conjuntura não dependerá diretamente de mim, mas os caminhos sim. E isso faz-me pensar que eu posso estar a ir em direções erradas, embora também desconheça quais as certas. Por isso, estou a encarar o novo ano com zero níveis de entusiasmo. Apenas desejo o fim deste 2011, que genericamente foi mau e me trouxe momentos muitos maus de descrença em mim e no meu valor e me arrastou para níveis perigosos de melancolia. Só preciso desta noção de "fim", de que o 11 acabou e de que o 12, um dos meus números preferidos de sempre, está à minha espera e me trará novo ânimo. Porque é isso de que estou a precisar: de ânimo.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tenho um blogue porque quero.

Há quem não entenda os blogues, nem a necessidade de eu ter um. Mas eu não tenho que explicar nada a ninguém, e se tenho este espaço, é para mim, apenas o deixo em aberto para quem o quiser visitar. Não dou recados indiretos a ninguém através dele, nem penso se fulano ou beltrano irá ver isto e gostar ou detestar. Eu escrevo aqui e criei este espaço que, por muito que possa ser lido, é só meu, porque tenho uma necessidade de escrever que alguns não entenderão. Preciso de falar, de desabafar, de expor o que muitas vezes apenas me vai na cabeça e que não precisa de vozes a interromper ou a contrapor. Escrevo porque gosto, porque vejo na escrita um meio menos doloroso de falar do que me apetece, do que me perturba, do que me anima, de tudo. Não escrevo para ninguém; escrevo, sim, para mim e dou a oportunidade a quem cá quiser vir de ler.
Nesta fase da minha vida, a escrita é das poucas formas que tenho de comunicar, de expor o que penso. Por isso, não me limitem pelo menos nesta minha forma de escape. Já vejo tantos caminhos da minha vida limitados, que só preciso de saídas, e não de viver em becos escuros e sem ar para respirar.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O meu Natal foi hoje.

Hoje foi o dia em que senti que cumpri o espírito natalício. Estive com uma ex-aluna a quem a vida pregou algumas partidas cedo demais e que, ao longo de todo o caminho, ganhou mais maturidade do que mulheres da minha idade em muitos anos. É uma jovem alegre e sempre com espírito positivo, apesar de a vida não ter sido (nem ser) nada fácil para ela e ter que viver muitas coisas só para si. A muito custo, consegui que as partilhasse pelo menos comigo, o que, há largos meses, culminou num desespero tal que a levou a largar os livros no meio da rua e a abraçar-me com uma enorme força e num choro longo e sufocante. Foi muito difícil ver uma jovem a sofrer sozinha tudo aquilo e, mais ainda, não sentir que a quem quer que ela contasse o que se passava, fosse ter o apoio de que precisava. Desliguei-me, por isso, do meu papel estritamente profissional e assumi a vertente humana que a fez confiar em mim. E confiou.
Saber que eu desempenhei um grande papel nesse processo de recuperação, nessa caminhada difícil e que fui, de facto, uma professora que se transformou numa amiga de confiança para a minha aluna é uma satisfação. Foi vê-la hoje a sorrir para a vida com uma alma cheia de energia, uma alegria imensa.
Hoje, sim, tive o meu Natal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Impõe-se.


A todos os familiares, amigos, colegas e visitantes deste blogue, o desejo de um Natal muito divertido, partilhado e docinho! :)





quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dia 26 significa...

... o fim para todo o sempre dos anúncios de perfumes e da música da Popota. Acabam-se finalmente os" I DON'T CARE!" berrados do Prada Candy, o "Valentina! VALENTIIIINA!" aflito do perfume do Sr. Valentino e a oferecida da Popota Lopez! É que ouvir isto até à exaustão, sobretudo de manhã, quando o sono já nos faz acordar rezingões e sem paciência para o que quer que seja, é um verdadeiro teste ao nosso espírito natalício. Até agora, temo-nos portado bem, uma resistência impecável. Mas estamos no limite. Valha-nos o exercício mental de auto-ajuda: é só aguentar mais dois dias estes anúncios psicadélicos e estamos safos. Não desesperemos, pois.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ou é tudo ou não é nada. É aproveitar, parece que esta é a semana do "tudo!"

Mas o que é que deu à RTP1 para esta semana estar a emitir to-dos-os-di-as a horas decentes excelentes filmes? 
Segunda feira foi este:


Ontem foi este:


Hoje é este:


Numas alturas não há nada de nada ou só uns quantos filmezitos repetidos à exaustão emitidos ao sábado ou ao domingo. Noutras é esta beleza de noites de cinema. E quem se lixa são os mexilhões (nós, bem visto) que acordam todos os dias bem cedo. E ir para a cama à 1h da manhã não está a ajudar muito ao processo, sejamos francos. Mas acontecendo, ao menos que seja nestes dias, em que nada de menos bom parece importar. Aliás, esta semana está a ser boa em muitos sentidos; esta pequena oferenda da televisão pública apenas reforça mais o lacinho vermelho do nosso presente. Boa, RTP!

Dos laços.

Tenho um tio que é a cara chapada do meu pai. Aliás, é mais ao contrário. Se fosse cientificamente possível, diria que ambos eram gémeos com quase 10 anos de diferença. As parecenças são incríveis e dou por mim a olhar para o meu tio ou para fotografias dele e a sentir um amor enorme como se se tratasse do meu pai. E sempre que isto acontece, lá começo eu a treinar o meu cérebro para não ser tão precipitado. Para distinguir. Mas eu até o percebo. É que no meu tio vejo o meu pai daqui a 10 anos. E contra isso, não há cérebro, razão ou emoção que o valha.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A alegre casinha do Sr. Padre.


Numa conversa sobre vida a dois e expectativas, dei por mim outro dia a constatar que a minha casa de sonho é a casa paroquial do padre da minha freguesia. Eu sei, eu sei, soa muito estranho, mas a casinha é e reúne tudo o que desejo para poder marcar o "visto" no quadradinho dos sonhos de habitação, o que é que eu posso dizer?

Sim, eu sou uma pessoa estranha. Eu reconheço.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"As cartas dizem-me que eu devia ser terapeuta sexual, mas que, não conseguindo, é melhor atender estes tefonemas, dar uns conselhos e aguentar, que eu já nem a ditar a sorte dos signos me safo e já não vou p´ra nova."

Hoje, no programa da Maya (eu não tenho culpa que a minha vida nos últimos tempos seja toda ela uma silly season) ligou um senhor que queria saber se a sua relação iria ter futuro ou não. Coisa normal, se se tratasse da sua mulher. Aparentemente, tratava-se mesmo da mulher de outro. Ele é casado, ela é casada e ambos estão numa relação extraconjugal, curiosamente um com o outro. E o senhor queria saber se o que ia para a frente era essa relação paralela, e não aquela, a real, a oficial. E diz-lhe a Maya: "Não se preocupe, caro José (não sei o nome dele), o seu casamento está mesmo por um fio. Está mesmo perto de finalmente ser feliz!". Sou só eu, ou isto é tudo muito perverso? E o melhor foi a tirada da sra. dona taróloga a dizer: "Nós aqui não julgamos as pessoas, temos que dizer o que as cartas nos indicam, senão elas começam a dar-nos orientações erradas". Eu cá acho que tudo aquilo, desde a senhora com nome de abelha, até ao sr. que telefonou, desde o genérico inicial até aos patrocínios, é uma orientação errada. Mas isto sou eu.


E lá começa uma das minhas semanas preferidas do ano. Sobretudo porque já está tudo comprado e só falta mesmo tratar de tudo o que não implica dinheiro. O que, tendo em conta os últimos dias, é um descanso daqueles.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Hoje é um dia feio.


É um dia feio e chuvoso, visto da rua.
É um dia feio e perigoso, visto da estrada.
É um dia feio e enervante, visto do trânsito.
É um dia feio e desconfortável, visto da janela.
É um dia feio e acolhedor, visto da lareira.
É um dia feio e útil, visto da minha to do list.
É um dia feio e distante, visto do meu mapa.
É um dia feio e mais vazio, visto do meu coração.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Somos pobres, somos...

Há crise. 
Então não há! Sobretudo nas lojas da ZON, onde se fazem longas filas no serviço de adesões, se espera mais de meia hora para se ser atendido e de ambos os lados do longo balcão se ouvem os clientes a pedir mais este e aquele serviço. "Ah, é só mais 10 Euros? Então compensa! Pode adicionar à mensalidade." Ou, como eu hoje também ouvi: "Escolha-me aí o mais fixe. Nem que seja mais caro." (isto vindo de uma senhora de 40 e tal anos, aparentemente sem grandes posses). 
E eu olho para estas pessoas - que são as mesmas que se queixam das rendas, do desemprego, da miséria, do governo e de tudo o mais - a assumir estes encargos tão secundários com esta facilidade e leveza e penso "O nosso mal não é a pobreza do bolso. É mesmo a pobreza de espírito". É que nem há dúvida.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vermelho, amarelo ou verde?

No dia em que eu vejo um programa de televisão sobre uma rapariga que desistiu da sua profissão consolidada de engenheira civil para se dedicar inteiramente à sua paixão pela guitarra portuguesa e se tornar na primeira guitarrista feminina deste instrumento, chega-me um mail para uma formação (da qual há tanto se esperava uma confirmação que já parecia não vir) numa área completamente distinta da minha, mas que me seduz e já por muitas vezes me deu ânimo para avançar para um projeto só meu. E que, por culpinha da razão, ficou sempre em segundo plano. 
Eu sou resistente a estes ímpetos, mas estas coincidências lixam-me os planos, caraças. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ele não gosta e eu adoro - I

Vamos lá inaugurar esta secção aqui no blogue.
Ele gosta de umas coisas, eu de outras. Algumas são comuns, outras são como o dia e a noite. Vamos aprendendo um com o outro a educar os nossos ouvidos e os nossos gostos. Umas vezes resulta, outras vezes não. 
Só por curiosidade, esta secção é mais orientada para a segunda hipótese.



(Está cientificamente provado - por mim, é certo - que esta música é muito mais bela se a ouvirmos de olhos fechados. 
Tentem, vão por mim.)

Nota da editora.


Dei por mim há dias a ler o meu blogue e a constatar que falo muito de emprego, da falta dele e de toda a angústia que isso me traz. É uma amargura muito minha e compreendo que não seja interessante para quem me lê. Por isso, a partir de hoje, vou dar o meu melhor para guardar esses desabafos para mim e não falar tanto disso, prometo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eu já contava, mas mesmo assim...

Concorri a um procedimento concursal. Demorou um ano a realizar-se a primeira fase do processo. Obtive uma classificação mediana numa prova de conhecimentos difícil numa área que não domino, mas que procurei que viesse a ser a minha. Na entrevista profissional, obtive a segunda melhor nota de entre 47 pessoas. Fui excluída porque a ponderação valoriza mais a capacidade de fazer consulta à bibliografia obrigatória do que a personalidade, as competências pessoais e profissionais, as experiências de vida e os conhecimentos dos candidatos. Contava ser excluída, porque soube desde logo a minha nota na prova de conhecimentos. Mas vivia aqui uma réstia de esperança. Em vão.
É mais do mesmo, do que tudo o que este ano tem sido para mim. Mais uma constatação daquilo que eu valho.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vamos lá criar "tags", ou lá o que é isso!

Resolvi que aqui no blog vou começar a fazer listas. Faço-as no meu dia a dia e, por isso, faz sentido que as faça também aqui. Mas como eu sei que, se deixar uma lista com diversos pontos ninguém vai ler (o post anterior foi a prova...), vou fazendo isto por etapas, à medida que me for apetecendo e que determinada situação me tenha acontecido naquele dia ou me tenha surgido naquele momento. E vou criar as afamadas "tags", que assim quem quiser a listinha completa de alguma coisa desinteressante sobre a minha vida, fica lá com tudo organizadinho. 
Vamos lá reconhecer: sou ou não sou amiga das três ou quatro pessoas que vêm cá ter, se bem que duas por engano, hã?

sábado, 3 de dezembro de 2011

Sobre a minha vida neste momento.

1. Fui a nova entrevista e não sei em que situação estou. Candidato-me para algo que seria um grande desafio, mas que implica muito comprometimento da minha estabilidade pessoal, temporal e psicológica. Não sei se agradei ou não, não sei se gostei ou não. Preparei-me muito e para vários cenários e não me atrapalhei. Disse que queria avançar e que me mantinha motivada, então sabidas as condições, mas a verdade é que não sei se isso é verdade; à saída a única sensação que tive foi de alívio, por já ter passado. Não sei se é bom, se não, mas vou aguardar. Vou sempre a tempo de dizer que não, mas sem arriscar nunca sairei de onde estou. Dizem-me que o importante é tentar e questionam-me constantemente se a proposta me faria feliz. Não sei responder a isto, não sei se me fará feliz. Resolvi, por isso, não antecipar cenários. Só de pensar neles, fico uma pilha de nervos.

2. Conseguimos, juntos, uma pequena grande conquista que nos deixa muito felizes e orgulhosos de nós. Em tempos difíceis, ter muita ponderação e sensatez, é uma prioridade, e ter uma pessoa igual a nós nesse sentido, é simplesmente incrível. Nunca dar um passo maior que a perna e orgulharmo-nos disso - é a nossa pequena grande vitória por estes dias.

3. Sinto-me bem e confiante, apesar de a realidade lá fora assustar um pouco. Estou a recusar alinhar em estratégias dissimuladas por parte das empresas que me contratam e, com isso, abrir precedentes para abusarem mais do meu trabalho. Digo o que tenho a dizer e "bato mais o pé" a todas as maroscas ridículas que tentam criar à minha volta. Nem vale a pena, meus amigos. Não estou nem aí.

4. Ando a ouvir muita coisa alternativa no YouTube e ando contentinha com as minhas recentes descobertas. O que recentemente mais me caiu no goto chama-se "The Grates" e é uma das minhas bandas sonoras diárias do momento. É assim ajeitadinha, a puxar para o punk e para o "nós-não-estamos-fora-de-moda-nós-temos-é-estilo". Gosto.

5. Este fim de semana, para além de prolongado, está a ser fantástico e tem um travozinho a mini férias. Trouxe sobretudo tempo, que era o que, existindo a mais na minha vida, muito nos faltava na nossa. Têm sido, por isso, dias de muitos sorrisos. E isso, mesmo no meio de muita tosse e espirro, é o melhor, mesmo!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Por estes dias...

... há muita, mas muita coisa a pairar aqui sobre a minha cabeça. Mas estou a tentar dar um passinho de cada vez, sem criar falsas expectativas, nem viver ansiedades precoces que podem nem ter qualquer fundo de razão. Estou a tentar não pensar muito nas coisas e levar tudo como levo todos os dias - sem ceder a pressões. Para já, estou a conseguir. 
Mas hoje também ainda só é segunda, pronto...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

E para todos os que andam fascinados com o "novo" anúncio da Optimus...

... cá está a "novidade". Anúncio à Budweiser. Surgido há um ano.
Tão originais, nós. Uuuiii! 

 


Eu podia dizer tanta coisa sobre isto...

Já não há palavras para descrever a ditadura da Madeira. Não bastasse tudo o que veio a público sobre os investimentos megalómanos do presidente, das cenas tristes e birras que faz, das manias que tem, de tudo que o faz pensar ser superior aos outros e impermeável a qualquer pressão externa que tenha em vista repor a estabilidade de tudo o que se tornou instável também por sua grande culpa, e agora ainda isto...


Vejam e digam-me coisas. Reforço que isto só é válido para o PSD.
Digam-me que isto não é ditadura pura ou um incentivo a ganhar milhares sem mexer o rabo para nada. E pela minha sanidade mental, digam-me que isto é uma brincadeira, por favor.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sim, vou voltar ao meu modo crítico. Switching... done!

Eu detesto visitar blogues que não me adiantam nada ao meu dia. Que dizem sempre o mesmo. Que não trazem pontos de vista interessantes, nem opiniões corretas ou até desajustadas (dão luta). Que falam só de roupa, de moda, do vestidinho isto e da botinha aquilo. E não gosto de blogues que são lamechas. Que só têm poemas de amor, sem um ou outro que mude um bocadinho de sintonia. Que falam só do "meu amorzinho cutchi cutchi coisa mai linda".
Isto de se estar apaixonado leva-nos para um mundo um bocadinho deslocado, todos sabemos disto, mas será que queremos todos conhecer o mundo deslocado deste e daquele, ou só nos interessa mesmo o nosso?
Eu sou adepta da sensatez, do meio termo. Não é porque eu não falo, que não gosto mais ou menos de uma pessoa. Nem tão pouco o contrário. Mas há quem tenha necessidade de partilhar tudo. Mas tudo. Desde o acordar até ao adormecer. E todos os dias. Como se a vida de quem visita o blogue dependesse do facto de saber se o(a) namorado(a) de quem bloga está de folga hoje ou não. Poupem-me, minha gente! Um post uma vez por outra, está bem, é natural, mas quando todos os dias têm uma descrição do que o vosso amorzinho faz ou fez, de como é o/a melhor namorado(a) do mundo, como vos mima e béu béu béu... pronto, estão a preparar o meu adeus inevitável às vossas palavras.
Eu gosto da felicidade dos outros, mas tanta meladice junta todos os dias enjoa, juventude! E para os que possam estar a pensar que eu sou é uma insensível e que devo ser uma ressabiada, invejosa e tudo o mais, desenganem-se. Não sou nada disso, estou muito bem com quem e como estou e tenho mais que fazer do que invejar quem quer que seja. Quero que as pessoas sejam felizes, mas não aguento tantos rinhonhós. Só isso.

[Eu estou mesmo a pedi-las para não ter leitores (já nem digo seguidores), eu sei.]


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Não tenho culpa de ser ajudante de um mestre de obras ;)

Porque também há que dizer bem (e eu gosto sempre de elogiar o que merece ser elogiado), esta marca...


... transformou-se, em pouco tempo, na nossa predileta. Em comparação, ficou no top das nossas preferências. Excelente em qualidade, fácil na aplicação, de secagem rápida e uniforme e praticamente inodora. E na própria marca, um atendimento de excelência, muito disponível, sem pressões ou tentativas de impingir mais um ou outro produto. Recomendo. E melhor que tudo, é nacional.

(E não, não trabalho para a marca, não tenho amigos lá, não ganho comissões ou o que quer que seja com esta recomendação. Sou leiguinha nestes assuntos, mas acho sempre que devo destacar o que merece ser destacado e, com isso, ajudar quem não saiba para onde se virar.)


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Volta, Pingo Doce. Estás perdoado.

E quando hoje toda a gente na blogosfera fala e diz bem do flash mob da Optimus e mais não sei o quê, eu só penso "Devem estar a brincar comigo!"
É possível que todo o Portugal tenha dito mal das músicas do Pingo Doce há um ano, que eram um atentado à paciência, que se colavam ao cérebro e não saíam da cabeça o dia todo, etc. e agora andem para aí a achar esta música do "All together now" um espetáculo? Mas isto está tudo maluco? Há lá música pior do  que esta na televisão dos últimos anos? É o som, a letra, o playback, os figurantes, os sotaques, todo o vídeo... mau, muito mau. Como eu odeio a música do raio do anúncio! Deixa-me com uma camada de nervos generosa e só me incita a pegar no comando e a mudar o canal. E a versão na rádio, com a Carminho? Horrenda, credo! Poupem-me, que eu já tenho a minha própria dose de nervosismo todos os dias, não preciso de suplementos vitamínicos.
E o pior é que me parece que vou levar com isto até ao Natal. Não há pachorra.
(Parece, afinal, que não estou sozinha...) 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A única música bonita com pifarinhos é a "Loja do Mestre André", está bem, ó Britney Spers?

Ok. A Britney Spears é o que é, uns gostam, outros não. Eu gosto de uma ou de outra música que ela lançou, mas são muito raras as exceções. Há muita coisa má lá pelo meio, muito lixinho musical que estraga os nossos ouvidos. Mas nada me preparou para este último (dizem que) "sucesso", a música que eu digo que é a dos pifarinhos. Ao que parece, a ex-próxima Madonna tem uma música com pan pipes em que se queixa à sua mamã que está apaixonada por um criminoso. Muito, mas muuuuuuito má. E perguntei-me eu quando ouvi a música pela primeira vez: "Como é possível que isto passe na rádio?". E há pouco vi o vídeo. E percebi. Basta dizer que é necessário confirmar que somos maiores de idade para o poder assistir no YouTube, para estar tudo dito. 
Mas porque é que eu não poupei o meu tempo (e o meu cérebro) enquanto ia a tempo? Agora vai ser lindo para tirar os pifarinhos da cabeça. Que lindo, Britney, que lindo.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ah, o cidadão português...

Eu não me dou bem com o tabaco. Não fumo, respeito quem fuma, mas muito poucas vezes sou respeitada pelos fumadores. O próprio ato de fumar faz-me confusão, mas mais me faz todas as situações patéticas que vejo associadas ao vício.
Gosto particularmente quando o cigarro está nas mãos de alguém que o deixa queimar durante longos minutos e só o leva à boca umas duas ou três vezes, porque fuma por vaidade e não por prazer. É cómico de tão ridículo, mas todos sabemos que é real. E o ir a conduzir de bracinho de fora com o cigarro (deve incomodar, pelos vistos...). Ou aquelas mulheres que vão a conduzir com o cigarro nos dedos e nem conseguem virar o volante, dar piscas, meter as velocidades ou fazer outras manobras que tais. Tudo pela vontade de fumar (ou então não). Enfim, patético. 
Mas se há coisa que me enerva mesmo é a falta de consideração de alguns fumadores por não fumadores. Acontece demasiadas vezes e vejo muitas poucas pessoas a dizer o que quer que seja. Hoje vi uma cena que me lembrou outra de há uns anos e que confirmou a estupidez de certas pessoas que se acham no direito de fumar onde e quando quiserem.
No resguardo da paragem de autocarro, uma senhora lembrou-se de acender um cigarro e de o fumar ali dengosamente, enquanto as pessoas que aguardavam pelo seu transporte, debaixo de uma chuva torrencial, levavam com o seu fuminho, sem hipótese de sair da proteção. Todos a olhar de lado para a senhora e ela sossegadinha da vida. E ninguém disse nada. Lá acabou o cigarro, atirou-o com a displicência que se esperava para a rua de paralelos (para não dar mesmo hipótese aos limpadores de o apanharem) e seguiu. Sim, saiu do resguardo, abriu o guarda chuva e foi embora a pé. 
Eu não quero ser exagerada, mas se isto não é falta de respeito e consideração, estupidez pura e merecedor de um bruto estalo, então não sei bem o que é. Nem o que a dita senhora representa para a sociedade.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Quem me manda a mim ser certinha?

Acabo de ligar para um serviço municipalizado para dar a contagem da água. Do outro lado, atende-me uma senhora cheia de sono e com voz de quem quer é que não a chateiem, que não lhe pagam para estar a atender telefones e com isso interromper qualquer que seja a sua outra atividade. E foi assim:

- Bom dia! Queria dar a contagem da água, por favor.
- Qual é o número do cliente?
- (...)
- (... - diz o nome da pessoa) - é assim?
- Sim, exatamente.
- E qual é a contagem?
- (...)
- É isto?
- É sim, obrigada. Bom d...
 E desliga-me o telefone.

Portanto, a senhora estava sem vontade a atender, em todo o diálogo nem um "bom dia", nem "obrigada", nem "por favor", pergunta-me com a sua melhor voz de tédio "É isto?" e, não bastasse a apatia (para não dizer pura displicência), desliga-me o telefone enquanto eu estou a despedir-me calmamente e a agradecer por um serviço de péssima qualidade. 
Eu sei que trabalhar às vezes cansa e chateia, mas ó senhora... saia lá daí e deixe trabalhar quem quer trabalhar! Eu nem gosto da crítica banalizada ao funcionalismo público, mas isto - não sendo aparentemente nada de especial - é demais. E depois querem-me convencer que estes funcionários da câmara passam todos por processos morosos, exigentes, cheios de provas de conhecimentos sobre legislações, direitos, deveres e por aí fora para serem recrutados. Deve ser, deve. Agora percebo porque me perguntaram numa entrevista se eu era calma e organizada a atender telefonemas. É que sendo, devo ter logo definido a minha sentença de morte para o cargo. Que revolta.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cinema, cineminha...

Ontem fui ver isto:

E gostei. Bastante, até. É um filme um bocadinho pesado para se ver no final de um dia - apesar de o tema ser interessante e atual, a fita exige-nos alguma atenção. Dá-nos uma pequena ideia dos meandros da política americana (não acredito que possa também ser da portuguesa, pelo menos não considero que tenhamos inteligência suficiente para criar uma tamanha máquina) e está bem "desenhado". Há momentos que surpreendem muito, outros que nem tanto; uns que são de uma interessante tensão, outros que pecam pela falta dela. Mas há sobretudo muitas ideias sugestionadas, não muito evidentes, tal como a política deve ser. E isso é mesmo o melhor do filme (é claro que ter o George Clooney e o Ryan Gosling também doesn't hurt.).
Gostei bastante e sugiro o filme a quem realmente se interessa pelo tema. Caso contrário, acho que vão ficar com muito soninho. Pelo menos, duas pessoas ao meu lado estavam. Mas acho que essas também só lá foram lá por causa das pipocas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Corro o risco de ficar sem visitas neste blogue, mas vamos a isto!

Eu sigo alguns blogues com frequência. Sempre que venho "alindar" o meu, passo pelos dos vizinhos, leio, por vezes comento, outras vezes nem isso. Não é cusquice, é achar interessante ler outros pontos de vista sobre aquilo que, no fundo, nos é a todos comum. E a verdade é que, se muitas das coisas que leio se identificam em muito com a minha própria fase, reconheço também que outras tantas não se relacionam nada com a minha forma de estar na vida e de a viver. É a crise, é a poupança, são os amores, os amigos, as relações profissionais, as compras, as prioridades, tudo. Tudo é ao mesmo tempo tão díspar e tão próximo do que penso!... 
Eu mudei. Afastei-me de toda e qualquer compra de roupa - adorava fazê-la e em grande quantidade, mas não estou em fase disso; deixei de dar tanta importância ao que está na moda, ao que já não se usa, ao que é tendência; já não me lembro do que é gastar dinheiro numa compra por impulso, de olhar para um novo catálogo de telemóveis ou de computadores; já não vivo sem um registo escrito de todas as despesas do mês; começo a olhar com novos olhos para tudo o que é trabalho pro bono e voluntariado; vivo na constante expectativa da conquista de uma vitória profissional que sei que mereço, mas que não sei se espera por mim; valorizo mais uma boa atitude do que qualquer regalia; dou, mais do que nunca, importância às pessoas que tenho comigo; sou mais simples e nem por isso menos feliz. 
Mudei e não me identifico com muitas coisas que leio. Mas continuo a gostar de as ler. As ideias em contraponto também ensinam e o meu manual só serve mesmo para mim. O que não quer dizer que não possa consultar outras leituras.

Mais um queixume...

Não me bastasse ter o dedo indicador cortado na polpa e isso me impedir de fazer algumas das coisas de que preciso no meu dia a dia - tão básicas como escrever, por exemplo -, ainda me resolveu aparecer uma inflamação na gengiva que se transferiu hoje para a zona do maxilar e da garganta. Tenho, pois todo o lado direito da minha cara dorido e dores de ouvido e de cabeça. Não consigo usar brincos ou sequer passar um creme na cara e lavar os dentes está a ser uma aventura. Belo início de dia, o de hoje. 
a

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Today.

Eu nem tenho grandes alegrias neste momento, mas estou bem e pronto. Hoje sinto-me feliz, embora tema que vá deixar de estar dentro de pouco tempo. Mas por agora, chega-me.





segunda-feira, 7 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Coisas que me animam...

Parece que a palavra "sala" afinal existe mesmo no dicionário. Ainda é uma definição muito pequena, mas caramba... finalmente. :)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Eu preciso, eu posso, eu tenho. NEXT!

Hoje, um formando meu disse-me que comprou um carro por impulso. Que chegou ao stand, disse apenas "preciso de um carro", que fez um test-drive, que perguntou quanto davam pelo seu antigo, que ameaçou não comprar e à conta disso recebeu extras e mais extras e uma extensão da garantia e que efetivou a compra. Assim, de um momento para o outro, tinha um novo carro nas mãos. Estava feliz por se ter apercebido da sua coragem. Fez uma compra de que aparentemente precisava, num espaço de tempo improvável, pagou tudo com as suas poupanças e já nem pensa mais nisso. Está feliz, mas sobretudo porque já despachou mais um assunto da sua agenda, disse-me ele. 
Mais prático do que isto nunca vi - foi comprar um carro como quem compra um livro. Pode-se dizer muita coisa sobre este comportamento, criticar isto e aquilo, mas lá que no fundo nos dá uma lição, lá isso dá.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

"Tu não és normal..." - 5

Os meus amigos dizem que eu não sei cantar. Pff... disparate! Sei e gosto, mas prefiro guardar esta enorme capacidade artística para mim e para o meu Xavier (o meu carro)*. Ele ouve-me (que remédio, dirão alguns...) e aceita a minha particular voz todas as manhãs a caminho do trabalho. Gosto muito de cantar a plenos pulmões as músicas que vão passando nas rádios, independentemente de serem boas ou más - melhor se forem más. É certo que as caretas que faço podem assustar outros condutores, mas eles devem olhar para a estrada, não para mim, por isso estou de consciência tranquila. E calma, eu tenho a preocupação de fechar os vidros do carro quando "canto"... sobretudo porque agora tem chovido muito e isso é coisinha para estragar os estofos. É pena que os outros não possam desfrutar de um início de dia tão harmonioso como o meu, mas enfim...
Hoje, foi esta que me fez cantar com alegria enquanto o condutor do lado olhava para mim com indignação e a pensar "Isto hoje em dia é com cada maluco!...". Não percebi a estranheza, mas está bem. Seja. Só sei que isto é muito bom:



*Antes de começarem já a pensar "mas ela deu um nome ao carro?"... não, eu não lhe atribuí um nome, ele tem "cara" de Xavier, por isso já é a natureza dele. Penso que todos compreendemos isto.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Caros adeptos do Outono e do Inverno, ...

... eu DETESTO a mudança da hora em Outubro. Já não bastava o frio e a chuva, agora é o frio, a chuva e o escuro às 3 da tarde. Tragam-me é dias longos com a claridade nos momentos certos, e aí sim, falamos.

Obrigada e boa tarde.

Podia ter sido um fim de semana tranquilo. Pois podia.

Uma pessoa está a recuperar bem de uma constipação / gripe, tenta conciliar todos os cuidados que esse estado exige com tudo o que tem a fazer, toma todos os medicamentos, come todas as sopinhas, come mel às colheradas num sacrifício que até custa recordar, está aqui e ali, com este e aquele, sente aquela satisfação de ter conseguido tratar de tudo o que havia a tratar... e vai daí piora?! Todo o domingo doente, com dores no corpo, sem voz, numa tristeza enorme mas escondida por não conseguir falar, estar bem, contribuir para um dia feliz de quem está ao meu lado... e tudo isto mesmo antes do tal dia que se desenhava tão importante?! A sério? 
Pior não podia ficar. 

E não ficou.

Passada a tormenta do domingo, cheguei a segunda feira com voz, poucas marcas da doença e uma animação que até a mim me surpreendeu. Sim, melhorei. Uma alegria. As palavras deram-me o conforto restante e a confiança de que precisava. Foi um dia longo, muito longo mesmo. Nada correu como o previsto, mas o dia acabou com o coração muito cheio. Mesmo que pouco venha a resultar deste fim de semana, a satisfação de ter lutado por mim com todas as armas que tenho e de contar sempre com os meus grandes apoios na vida, faz-me ser uma pessoa muito, mas muito feliz. Independentemente de tudo. (Quer dizer, sou uma pessoa muito mais feliz sem dores musculares e sem uma cabeça totalmente congestionada, mas percebe-se a ideia...) 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Hoje é dia de...

... começar a tratar dos presentes para oferecer no Natal. Poucos comprados, grande parte feitos com carinho. É a crise a obrigar-me a ser criativa. Vamos a isto!


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Coisas que se passaram entretanto...

- Uma festa de aniversário;
- Uma relação muito próxima e ainda não muito amiga com um papel de parede;
- Um final de fim de semana atribulado;
- Uma gripe;
- Dores em TODAS as partes do corpo, mesmo naquelas que habitualmente não doem nas gripes;
- Cancelamentos sucessivos de mini trabalhos;
- Confusões com entidades que se apelidam de minhas "empregadoras" (gostava de saber em que mundo, mas está bem...);
- Leituras disto e daquilo;
- Stress por não ter acesso à internet e aos mails;
- Indisposição por causa do tempo;
- Preocupação com os pais e com o moço perante a intempérie;
- Vontade de atirar com o meu telemóvel à parede.

Pronto, foram isto os meus últimos dias. Ainda não sinto a cabeça, os meus ouvidos parecem tapadinhos com algodão e a noção de equilíbrio anda meio comprometida. Portanto, exceptuando o facto de me sentir uma pequena zombie, detestar este tempo, ter criticado uma a uma todas as pessoas que se queixavam do calor e só desejavam o Outono e de estar de relações cortadas com o meu telemóvel, está tudo bem.   

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mau, mau é...

... ter a nítida sensação de que o meu futuro está na mão de outros que querem o mesmo tanto (ou quase tanto) como eu e esperar que alguns não estejam cá na "ponte" da próxima semana e que as cunhas não surtam efeito neste jogo. É pedir muito, eu sei. É por isso que a alegria inicial rapidamente deu lugar a uma mera satisfação de pelo menos ter jogado bem no que dependeu de mim. Agora o que for, será. Sem grandes expectativas.


Facto de hoje.


Estou desiludida comigo. E não me apetece estar comigo hoje.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Epá, deixem-se disso!

A sério? Ir para as ruas? Provocar distúrbios? Convocar greves? Parar o país? Para quê, minha gente, para quê?! Qual é o propósito? O que vão conseguir com isso? Esperam que alguém volte atrás nas decisões que nos são impostas de fora, que alguém vos vá acalmar e vos diga "Pronto, então já não vamos cortar nos subsídios", que alguém vos ligue sequer? Não sejamos inocentes, que a idade para isso já lá vai. Ir para a rua agora é piorar tudo. E todos sabemos o que são as manifestações e as greves em Portugal - simples pretextos para descansar ou para descarregar fúrias escondidas que muitas vezes em nada têm a ver com o propósito da paragem. Não me parece que seja altura para isto, não podemos brincar. Temos de dar o litro, cada um de nós, e aceitar que se não for assim, nada mais fará travar a queda livre em que Portugal se arrisca a entrar. 
Eu sei que vivemos numa angústia com o nosso futuro, com a sombra da chegada do novo ano, com a desigualdade na distribuição da riqueza e dos sacrifícios, com as injustiças sociais, com o desemprego, com tudo. Eu sou vítima desta realidade, e como eu, muitos dos que me lêem o serão também, certamente. Mas não acho mesmo que seja altura para manifestações e revoltas populares. É, sim, altura de nos mexermos mais, revertermos tudo o que ainda podemos reverter, apostar em nós, no nosso trabalho, nos nossos produtos, na nossa mão-de-obra, em vez de continuarmos a ir a lojas de chineses ou a comprar fruta espanhola. Se todos pensássemos assim, então talvez não estivéssemos como estamos. Talvez seja essa a revolução de que precisamos. Uma que comece em nós e seja por nós.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Precious.

Independentemente de tudo o que me falha ou finda, eu sou feliz sempre que me apercebo de quão rica a minha vida é por ter as pessoas que amo, sempre a sorrir para mim, sempre a meu lado, aconteça o que acontecer. E por mais tristezas que haja cá dentro, a lembrança desses momentos e dessas pessoas só me consegue desenhar uma enorme alegria no meu coração. E isso por si só é tanto, mas tanto na minha vida.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Portanto, ...

... isto são sapatos de homem à venda na C&A.
Reforço: de homem. 
Dizem eles, pelo menos.




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Era a continha, se faz favor!

Anda tudo muito assustado depois da declaração oficial de ontem que comprova a nossa inata (e pelos visto historicamente documentada) incapacidade de nos sabermos governar. E pergunto eu: "Ai agora, mesmo rés-vés campo de Ourique da nossa falência como nação, é que estamos preocupados?". Andámos anos a esbanjar, a viver acima das nossas possibilidades, a ignorar quem nos alertava para os perigos, a querer mostrar que éramos capazes, a insinuar que ninguém nos haveria de comer as papas na cabeça e a gritar que a liberdade é que é... e agora querem milagres? 
Estamos a pagar tudo o que fizemos e permitimos que nos fosse feito desde o 25 de Abril, o tal Abril que prometia um futuro risonho a Portugal. Não sabemos gerir as vitórias, somos uns fracos a gerir o que quer que seja, na verdade. Nunca soubemos aproveitar os tempos bons, as glórias. Não nos impomos a quem nos provoca ou faz frente, perdemos o peito cheio e a noção de pátria que tínhamos há uns cinco séculos. Não sabemos reagir, lutar, exigir o que é nosso. Somos pacíficos demais, o que nos torna uns idiotas chapados. Não nos insurgimos com quem abusa dos poderes, com quem nos rouba o nosso dinheiro, com quem joga com os capitais nacionais como se estivesse a andar num tabuleiro de Monopólio e passasse vezes demais pela casa da Partida. Somos uns crentes incuráveis, sempre a achar que o anterior governante só fez asneiras, mas que este novo há de fazer muito pelo nosso país. Somos uns palermas. Não sabemos viver com poupanças. Não sabemos resistir a maravilhas xpto da tecnologia (quantas delas terão funções totalmente obsoletas para quem as adquire ou estarão mesmo encostadas num canto qualquer, passados poucos meses de terem sido compradas, porque entretanto surgiu um outro aparelhómetro mais qualquer coisa que o anterior ...). Esquecemo-nos do que significa sacrifício e contenção. Queremos parecer o que não somos. Somos pobres. De dinheiro e de espírito. E aí temos a nossa conta final. 
Não se queixem, porque desta vez não há lugar a devoluções. Comamos, pois, tudo o que temos no prato, fomos nós que o confecionámos, somos nós que temos de o comer. Sem lugar a queixas ou reclamações.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Isto é tudo meu, os outros que se lixem.

Hoje, na caixa do supermercado, uma mulher sem o mínimo de preocupação ou atenção para com os outros, conseguiu reservar todo o espaço do tapete rolante só com sete latas de comida para cão, nada mais. Sete. Todas espalhadas, sem qualquer problema. Sete latas, num espaço que pouco menos deve ter de 1m. Se isto não é estupidez, esclareçam-me. É que eu já nem sei se é de mim, se sou eu que estou numa fase má, ou se a sociedade é que parou nalgum estádio da sua formação e eu não dei conta.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

...

Eu sei que ninguém tem culpa. Eu sei que são coisas que não comando, que há coisas piores, que há pessoas que estão bem pior do que eu. Eu sei isso tudo e é nisso que tento pensar para não entrar em desespero. Mas a verdade é que parece que ando a tentar remar contra a maré e só ando para trás. Quanto mais tento avançar ou encontrar alternativas, mais as coisas se constituem como problemas e obstáculos. Uns já lá estavam, outros surgem do nada.
Eu sempre tive dúvidas em acreditar no Destino. Mas também não consigo dizer que não existe. há coisas na minha vida que me parecem obra de algo que me é superior, embora procure sempre racionalizar tudo e pensar que se tal aconteceu foi porque eu fiz com que acontecesse, e não porque tinha de acontecer. Daí que não saiba bem no que existe ou no que acredito. Vou vivendo e tentando não pensar muito nisso.
A verdade é que nos últimos meses, mas sobretudo nas últimas semanas, vivo com a sensação de estar a lutar contra um caminho que me está destinado. Parece que estou a insistir numa coisa que não é para mim. Daí que não receba qualquer esperança de uma mudança e, ao invés, só obtenha silêncio em relação a esperas, desilusões face a expectativas e, para desajudar, uma ou outra notícia menos boa, que me obriga a regressar a tempos em que não fui especialmente feliz. 
Este não saber o que fazer, para onde me virar... qual é o objetivo? É fazer-me arriscar? É testar a minha capacidade de espera por algo bom que me está reservado? Aguardo ou avanço? Como eu detesto indefinições, meu Deus! Como eu me sinto frustrada nesta fase da minha vida... Ninguém imagina, por mais que diga que sim. É uma dor tão grande e tão minha...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Isto é só uma teoria minha, mas lá que bate certo...

As mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo e despacham de forma eficaz as suas tarefas num ápice - é um dado adquirido. [Cá entre nós.... somos, portanto, seres impressionantes. Penso que todos (ou pelo menos todas) estamos de acordo quanto a isto.] Mas tudo isso se resume a nada, toda a nossa capacidade de cumprir simultaneamente várias demandas se desvanece sempre que uma mulher está numa determinada fase. Não, não é nessa fase. É noutra, bem mais breve:

Uma mulher só é realmente impotente enquanto espera que o verniz das unhas seque. Aí nada nos salva.
(É a nossa fraqueza de super heroínas, no fundo.)


Pensem nisto. (Ou então não, deixem estar.)
Só vim cá cumprir a missão de enriquecer intelectualmente os leitores deste blogue. Penso que o objetivo foi claramente cumprido. Não têm por que agradecer.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Hoje só me apraz dizer...


Povo mais burro, meu Deus!
(Não digam que não gostam de ditadores. Gostam e não é pouco.
E nós, parvos do continente, sempre a aparar-vos as quedas...)


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

E a frase do dia é... (e vai um grande rufo...)


"Não tenho personalidade para ser gay. Não tenho nada contra, mas não faz parte de mim."


Pois. Nem isso, nem alguma (pouca que seja) inteligência faz parte de ti.
Santinha ignorância. 
Haja paciência.



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"Tu não és normal..." - 4

Chiça! Mas serei eu a única pessoa neste país que não se farta deste tempo, que não se queixa do calor, que não tem saudades de vestir as primeiras roupas de Outono, que não deseja qualquer fresquinha, ventinho, chuvinha, trovoadazinha e mais coisas que tal? Temos manhãs super agradáveis, tardes quentes e soalheiras e noites frescas sem vento, só com pequenas brisas. Se isto não é perfeito, não anda longe. E as pessoas continuam a queixar-se. 
Não sei se eu é que não sou normal ou os outros é que nunca estão contentes com o que têm, mas se daqui a duas semanas ouvir alguém queixar-se do (verdadeiro) Outono, sou pessoa para ripostar e dar um sermão dos meus. Por isso, juventude que me rodeia e de quem eu gosto muito, acautelem-se. Eu sou uma acérrima defensora do Verão, já sabem, e vou estar do lado dele até ao fim. Watch out! :) 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cinema, cineminha...

Desde que este filme estreou que o queria muito ver. No cinema, com a companhia que se impõe. Apenas sabia que o dia 15 de Julho era peça fundamental da trama e que a minha atriz favorita do momento era a protagonista. E pouco mais. Não me interessou ler sinopses ou ver trailers. Nada. Não sabia bem ao que ia, tinha apenas um pressentimento que o filme me iria surpreender e não me enganei.
Se de início parece um pouco à parte, estranho e nos leva a pensar "ai afinal é isto?", à medida que a história se desenvolve ganha uma dimensão tal, que às tantas já estamos completamente envolvidos na vida e nas emoções das personagens. E na sua evolução, na construção da vida adulta, na passagem para uma nova fase, que é também a nossa, neste momento. Ainda me arrancou umas lágrimas que teimaram em cair por mais que as tentasse conter e criou ali um certo aperto no coração, que foi sarando à medida que se caminha para o último 15 de Julho do filme. Gostei. Muito. Foi, definitivamente, uma boa aposta. E com uma sorte de ainda o ter conseguido ver no escurinho do cinema. 

Sem qualquer dúvida, este tem de ir para a prateleira lá de casa.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Não percam muito tempo com este post. É mais uma dissertação das minhas, daquelas que não fazem sentido para mais ninguém. Mas tem toda a lógica para mim. E para o Tico e o Teco que habitam nesta cabeça.

Ando numa fase tão estúpida da minha vida... passo os dias a correr de um lado para o outro, a tratar de coisas e mais coisinhas, e quando ele me pergunta "Então o que fizeste hoje?" enquanto olha para a minha cara fechada e com olheiras até ao queixo, eu só consigo dizer... "Nada de especial". A verdade é que eu não sei o que fiz naquele dia que seja relevante para os outros e se calhar instintivamente respondo aquilo que é mais prático para quem me ouve - uma frase simples, que não diz nada, que não maça e que, ao mesmo tempo, diz muita coisa que só eu e o meu corpinho (que sofre, no meio disto tudo) sabemos. É isto ou então é comodismo.



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Custa muito colaborar, Nokiazinho e outro que tal nipónicozinho?


Eu antigamente até gostava muito de telemóveis, é verdade. Ficava fascinada com as novidades, mas tinha o meu e nunca fui de comprar essas coisas por impulso. Principalmente porque para um impulso desses, era preciso abdicar de algumas notas que nunca me pareceram muito justas tendo em conta o produto para a troca. Vai daí, sou fiel ao meu Nokiazinho de há muitos anos e a um de uma boa geração, que me funcionou em pleno uns seis meses. A coisa tem vindo a piorar, mas eu tenho tentado manter-me fiel aos meus dois companheiros de carteira. Porém, hoje, a coisa está-me aqui a irritar que chegue. O finlandês diz-me sempre que está com memória cheia, quando não tem nada memória cheia (longe disso), e bloqueia-me tudo o que é chegada de mensagens; para além disso, sempre que o desligo, ele perde as definições de data e hora, o que é simplesmente mau. O tailandês tem uma memória do tamanho de uma pulga, não me aceita cartões, não toca nem reproduz som e sempre que o desligo e volto a ligar perde-me as mensagens dos últimos 15 dias! Que se passa com estes bichos, caramba? Eu trato-os tão bem!
Está resolvido: quando a vida melhorar e me permitir, vou para um daqueles Dual SIM, simples e práticos. Só preciso que faça chamadas, toque, ligue à Internet e tire fotografias de boa qualidade. Joguinhos e aplicações são giros, sim senhor, mas de pouco me valem se não tiver o resto, right? Mas pronto. Por enquanto, vamos vivendo em trio, numa ausência de toques, mensagens recentes e definições de hora e data definitivas. Não é bom, mas é o que há. Não é assim que todos vivemos agora (ou deveríamos, pelo menos?)


(São só umas ideias... deixem-me sonhar um bocadinho...) 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nesta casinha dos degredos que é o nosso país...

... quem merece sair? Quem é que neste momento é o maior parvalhão chapado da sociedade portuguesa? O Cristiano Ronaldo ou o Alberto João Jardim? 

"E vão mais duas humilhações ali para aquele país do canto, ó faxavor!!!"



(Raio destes bichos da madeira...)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Obrigada pela simpatia. Até uma não próxima."

Se há coisa que me irrita profundamente é o mau atendimento em qualquer serviço. E pior é que se me apanham num dia mau, em que não esteja para aturar antipatia, apatia ou incompetência, é certo que vão levar um bónus da minha parte. Raramente me deixo ficar ou ignoro a incapacidade destas pessoas de lidar com o público - e muito sinceramente, acho que ajo bem, pelo menos em conformidade com o comportamento que recebo. Habitualmente acabo por fazer um pequeno reparo ou, na maior parte das vezes, um comentário sarcástico ou um uso mais ou menos dissimulado de ironia sempre que me deparo com estes "profissionais". 
Hoje está a ser impressionante. Já não há um "por favor, o que deseja?" na abordagem ao cliente, mas apenas um acenar de cabeça do tipo "Diz lá o que queres, que às 6 tenho de sair";  a entregar os sacos, os papéis, os envelopes, eles são atirados, em vez de entregues educadamente em mão ou, pelo menos, pousados com algum cuidado; a entregar o troco, já não se olha para o cliente ou tão pouco se agradece a preferência. Mas que raio se passa? 

Eu podia inventar muitas teorias, mas acho que tudo se resume a má educação. E a estupidez crassa, talvez.

Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos...

Esta noite sonhei que tinha recebido uma excelente notícia, uma resposta a uma dúvida que já paira há algum tempo por aqui. E estava cá com uma fezada (esta palavra fica horrível escrita, eu sei) que era hoje que ela estava lá à minha espera, toda bonitinha e a sorrir para mim. Estava numa moderada expectativa em abrir a caixa de email e encontrar lá um motivo de alegria. É que, assim de repente, eu gostava de decidir a minha vida e ando aqui a empatá-la em função de um "sim, vamos lá ver o que vales" e o "não, nem te dês ao trabalho". Mas lá se me passou o entusiasmo num ápice. Nada de nada. Só convites para gastar dinheiro nisto e naquilo, alguns "invista na sua formação", "aposte em si" e balelas do género. Quanto ao que realmente interessa, um enorme vazio, um silêncio ensurdecedor.
Os nãos não são simpáticos, mas as esperas e as dúvidas constantes não são melhores. Quando, mas quando, é que isto vai acabar, caramba?

 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Tu não és normal..." - 3

Por regra, não vejo novelas, mas tenho uma tentação enorme de ver sempre o último episódio de cada uma delas, quando as apanho num zapping distraído. Acho que é pela tentação de querer sempre ver finais felizes, de só ver sorrisos, casamentos, bebés, encontros felizes e béu béu béu. O pior é que não fazendo a mínima ideia do que trata a estória, na minha cabeça tudo faz sentido naquele último episódio. 
Sim, eu por vezes sou estranha, admito. Mas isso também não é grande novidade, bem vistas as coisas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Habemos patientia?

Sou péssima para esperar. Mas mesmo assim, muito mais paciente do que aqueles que me pedem paciência e calma todos os dias e que nem se conhecem em situações de longa, mas muito longa espera. Por isso, até ver, acho que me estou a portar bem e que não é totalmente ilegítimo que de vez em quando algum do meu desânimo se manifeste. Já há mais de um ano que vivo assim, por isso, talvez seja mesmo eu a ter de pedir para terem alguma paciência comigo. Tudo há-de melhorar, dizem-me. Eu não acredito muito, mas também ainda não baixei totalmente os braços.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Who knew?

E diz-me ele: adorava um dia ter um quarto grande com um pequeno quarto dentro só para guardar a roupa e os sapatos. O moço referia-se a um closet. Não posso exigir que saiba o nome, não temos nem queremos ter tanta roupa, sapatos e acessórios que o justifiquem (seria apenas por uma questão de organização), nem acredito que alguma vez consigamos chegar a um patamar na nossa vida que nos permita desenhar uma casa totalmente ao nosso gosto, mas caramba... o meu moço é um "petáculo"! Sempre a ser surpreendida. :)



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Isto não é sobre mim. Just for the record.

Esta coisa das relações tem razões que a própria razão desconhece. Eu sempre ouvi dizer que o final de um relacionamento é muito difícil, traz muitas emoções à flor da pele e implica sobretudo uma grande capacidade de reaprendizagem de como voltar a viver sozinho, ou, pelo menos, mais sozinho do que antes. Mas também é verdade que cada um viverá essa dor e essa fase da sua vida de uma forma diferente de qualquer outro. Vem isto a propósito de uma "moda" de que me comecei a aperceber há pouco tempo e que me é um bocadinho estranha, mas que - confesso - até acho interessante. Aparentemente, toda a mulher que acabou algum tipo de relacionamento nesta Primavera/Verão vai virar ruiva neste Outono/Inverno. Eu explico. Aquela coisa de as mulheres assumirem um fim de namoro, noivado, casamento, o que for, como um pretexto para mudarem radicalmente de visual e de assumirem essa mudança como o início de uma nova etapa nas suas vidas está este ano em voga. E mais em voga está a escolha da cor. Agora toda a moça que anda por aí com o coração destroçado porque não é correspondida, porque foi traída, porque ele não cozinha bem e mais não sei o quê me anda a virar ruiva. Ruiva! Que moda é esta? De onde veio isto? Eu gosto muito da cor, atenção (apesar de continuar a achar que algumas moças como a de aqui em baixo em versão ruiva ficam muito parecidas com a Jessica Rabbit). Mas não será a mudança demasiado radical? O tal homem que não vale a pena merece essa alteração? Se for por gosto, pois sim senhora. Mas se for por moda ou capricho, talvez valha a pena pensar duas vezes. Já são duas pessoas que conheço que tomaram esta decisão. Em ambos os casos, por si mesmas. Melhor assim. Haja bom senso e está tudo bem.

Preparem-se, minha gente. Se este ano virem muitas falsas ruivas por aí já sabem a razão. As entrelinhas estão descodificadas. Funciona melhor que um cartão identificativo ou um speed dating. Vão por mim.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Tu não és normal..." - 2

Vamos lá ser rápidos e diretos: eu não abasteço o carro na GALP nem na BP. 

A BP:
Desde aquele enorme acidente com a plataforma de petróleo desta empresa, por pura negligência, que me recuso a contribuir seja de que forma for para o enriquecimento, sucesso ou posicionamento da marca BP. A gasolina, por vezes, até é bem mais barata ali do que nas concorrentes, mas nada me demove ou convence. É uma questão de princípio.

A GALP:
No geral, apenas opto pelas gasolineiras do Jumbo, porque são muito mais baratas e sei de fonte segura que os combustíveis vêm ali de Leça da Palmeira, exatamente da mesma refinaria de onde partem centenas e centenas de camiões todos os dias para encher tanques de certos postos de marca. E com os mesmos componentes, aditivos e mais não sei o quê. Igualzinho, a papel químico. Daí que me recuse a pagar aos milionários que vivem à custa do marketing da marquinha laranja e que olham para os que ainda abastecem nos seus postos - crentes de que de facto vale mesmo a pena, se nota imenso a diferença na performance do automóvel e que aquele combustível em particular possui capacidades mágicas especiais que nunca permitirão um problema de motor - como uns belos parvinhos que comem a palhinha que lhes dão. Naaa, não resulta comigo. Já de mim sou cética, mas sabendo agora que é tudo a mesma coisa, recuso-me terminantemente a contribuir para a riqueza doentia destas abébias executivas disto e daquilo que só sabem ostentar o que muitas vezes nem lhes pertence. Tenho pena que muitos que conheço e que poderiam fazer investimentos mais certeiros (e poupados!) ainda duvidem que a maquilhagem é toda falsa.  E que realmente o cerne da questão está na forma como se dá a palha a comer a quem a quer.




quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Tu não és normal..." - 1

Há muitas pessoas que olham para certos hábitos meus e, perante a estranheza dos procedimentos a que assistem, me dizem com aquele ar meio entre o estupefacto e o gozo "Tu não és normal...". Encaro estes comentários como formas carinhosas de me dizerem que são essas pequenas anormalidades que os fazem achar-me alguma graça (ou não!) e cá para mim acho que são estas pequenas preciosidades da minha existência (ou manias, vá) que me definem e me distinguem dos demais. Daí que tenha resolvido iniciar um novo capítulo aqui no estaminé sobre estas minhas "particularidades" (chamemos-lhes assim, para sermos simpáticos).

Vamos lá então à minha primeira (e aparentemente estranha) particularidade:

Quando estou a comer várias coisas de que gosto, elaboro mentalmente uma sequência lógica para as ingerir. O critério é sempre o mesmo: do menos bom para o melhor. Isto acontece frequentemente com biscoitos, bolos, chocolates, gomas, mas também com fruta. O melhor vem sempre para o fim. Ainda outro dia selecionei uns dez figos para comer - a minha completa perdição, neste e no outro mundo! - e dei pequenas trincas a todos para conseguir deixar os melhores para o final e o melhor dos melhores para último. E isto não só para os figos. Ameixas e pêras D. Joaquina também entram no cartório. Eu sei, é uma "panca". Mas é minha, eu gosto e quando estou sozinha, sou muito feliz nesta minha pequena (a)normalidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cá das minhas coisas.

Há momentos em que analiso com detalhe a mais a minha vida e chego a algumas conclusões que nem sempre são as mais corretas ou apuradas.
Não faz mais de dois dias que me apercebi o quanto deixei passar por mim datas e momentos importantes da vida dos outros, o quanto abandonei por tempo a mais comunicações com aqueles que ocupam uma parte importante da minha existência. E senti-me muito mal com isso. Reconheci o meu erro, a forma como falhei nessas amizades e procurei recuperar. A verdade é que se uns efetivamente ficaram sentidos com a minha distância, outros mal a sentiram. E se esses primeiros me perdoaram e logo arranjaram forma de contornar a situação, outros nem sequer lhe deram importância ou tentaram uma nova tentativa de reencontro.  E pronto. Lá vou eu revisitar as minhas emoções e procurar uma ou outra conclusão acertada. Umas vezes conseguindo, outras nem tanto assim.
Eu percebo que ninguém é igual a ninguém, que os tempos e as fases da vida nos moldam, nos comandam, por vezes. E eu sou a prova disso. Mas entre estas diferentes formas de viver e compreender a amizade estou eu. Muitas vezes plenamente consciente do que faço, outras estupidamente a leste de qualquer rumo certo que exista para essa relação. 


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Hoje...

... não estou com muita disposição, não me apetece fazer nada, não tenho paciência para obstáculos e não quero telefonemas ou mensagens a darem-me conta de alterações de planos, se posso ou não, se me importo ou não, nada! Deixem-me estar na minha solitária neura, também tenho direito a ter um dia mau sem razão.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E cá temos.

As listas que confirmam a minha decisão definitiva de deixar de tentar ser docente numa escola. São 7 anos, já chega. Sendo o meu emprego de sonho, é uma desilusão. Mas pior é viver sempre na incerteza dos "e ses" e nos entretantos ter a vida quase parada à espera de uma coisa que nunca virá para a fazer andar no sentido que quero. É assim. 
Adeus D. Docência. Tive muito gosto em conhecê-la e em confraternizar, mesmo que por muito pouco tempo, consigo. Até um dia.



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Era dia 31 de Agosto, não era?

Que belo dia para o site da DGRHE estar em manutenção... não bastasse já a ansiedade e a incerteza de tudo que dura há mais de cinco meses...  ainda a preciosidade de terem escolhido esta data tão específica para fazerem intervenções no site. E pensarem nas coisas com antecedência, não?
Haja muita paciência.

(Tudo a ajudar...)


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Não sei.

Fiz o melhor que sabia e que me foi possível saber nos prazos e condições que me impuseram. Não paro de pensar se fiz bem isto e mal aquilo, tenho ainda o sistema acelerado demais para o meu gosto e cá dentro muita, mas muita coisa borbulha e paira sobre esta minha cabeça. Mas ao menos já passou. O que for, será.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Das "férias".

As aspas na palavra fazem sentido. Eu não tive férias - daquelas que se marcam com antecedência, que ficam estipuladas no início de um ano e que geram sempre aquelas tensõezinhas entre colegas; tive sim "férias" - aquela pausa que se tenta aproveitar sem pesos na consciência nem a preocupação constante de que haja necessidade de voltar para assegurar uma aula, um curso, o que for... e que mesmo assim implicou uma interrupção de 3 dias para a boa prática laboral mal remunerada e cheia de exigências por parte de quem paga. 
Enfim, adiante. 
Aquele descanso bom, desligado de tudo, tive que o conseguir à viva força, depois de ter feito uma ginástica descomunal na gestão das formações, aulas, cursos, responsabilidades, e do que mais houve. Mas venci a batalha. Foram uns dias ótimos, passados longe daqui, na tranquilidade plena (ok, quase plena, não fossem os carrinhos dos senhores emigrantes com sons de tubos de escape alterados ou músicas de há 3 anos a tocar nos respectivos autorrádios aos berros de quando em vez), onde telemóveis, relógios e tudo o que nos prenda à realidade são preteridos em relação a tudo o resto. Foram umas férias muito modestas como se impõe, mas muito mais ricas do que se poderia imaginar. Finda esta pausa, sinto-me bem, contente com e como tudo aconteceu, orgulhosa de quem esteve sempre comigo e reconfortada pela lembrança destes dias tão fantasticamente simples.
Venham de lá os novos desafios.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Concurso docente.

Sempre a mesma ansiedade. 
Sempre a mesma expectativa. 
Sempre a mesma falha constante de otimismo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ver melhor à distância.

É tão bom olhar para trás e perceber que não ter ido por aquele outro caminho e, em vez disso, ter esperado, mudado a rota e, sem contar, ter conquistado um presente muito, mas muito mais rico, foi uma das maiores sortes da minha vida. (E sim, falo de sorte e não de decisão, porque, na altura, tudo se decidiu por si, sem que a minha vontade impusesse algum rumo). É bom, sobretudo, ver que não há mal algum em, por vezes, deixar que as coisas se decidam por si mesmas, sem que metamos muito o nariz. E olhem que vindo de mim isto é surpreendente. Mas andamos cá para aprender. Não precisamos de dominar tudo o que nos rodeia, há sempre um acaso capaz de trocar os planos. E isso não é mau de todo, não senhor.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Tratem lá disto.


Alguém me invente, por favor, uma forma de dar sinal de luzes com os faróis traseiros dos automóveis. Em vez de inventarem luzinhas de presença, de nevoeiro, de névoa, de foscozinho e de mais não sei o quê, criem mas é uma qualquer forma dissimulada de mostrar o dedinho do meio a certos condutores que se nos colam à traseira do carro e nos dão os máximos (e às vezes os mantêm) até nos passarem e esbracejarem como se estivessem a ter ali mesmo um enorme ataque epilético de parvoeira e bronquice. Obrigada.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mantenhamos, pois, a futilidade da conversa.


Então não é que ontem, a ver a gravação da final do Projecto Moda (que já estava a ganhar teias de aranha na box), dou por mim a esbracejar e a falar (quase a gritar... mas só quase...) para a televisão, dizendo "Devem estar a brincar comigo!!"? Não é que a saloia da gravação me parou ali, mesmo quando a Nayma me ia dizer quem ganhou? E logo naquela final, em que todos concordavam que um deveria ganhar e foram surpreendidos com uma coleção magnífica de quem não se esperava.
Contando que tenho leitores / seguidores atentos e amigos de ajudar, peço apenas uma ajudinha: quem ganhou aquilo, afinal?


(E quando, mas quando, é que vão arranjar um sistema que grave apenas os programas, sem a publicidade? É pedir muito?)